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A Semiopsicologia da diferença é uma ciência engajada na pesquisa dos vestígios semióticos da produção desejante em máquinas concretas delimitadas. Esquizossemiótica é a junção entre as ideias de Peirce, Deleuze e Guattari com o objetivo de criar conceitos que auxiliem essa ciência. De acordo com Peirce, a psicologia é um estudo experimental da mente. Essa é uma potência diferenciadora de propósitos (finious) que possibilita um acoplamento entre quase mentes (território) em relação aos afetos do fora a-significante. É a mediação do signo que possibilita graus de repetição (ritornelo) que distinguem o território do fora caótico. Um acontecimento é um encontro irritante da mente com "o fora" que viola os signos conservadores e desterritorializa sua solda semiótica. A mente esquizo (produção desejante) é as fissuras semióticas em um território em acontecimento. O signo molecular é a emergência de meios singulares entre as quase mentes diferenciadas que reterritorializam inventivamente o território rasgado. Cada máquina acoplada ao agenciamento produz fluxos semióticos específicos. A Semiopsicologia da diferença investiga essas expressões singulares. Tomamos a obra de arte como um campo privilegiado de pesquisa.
DIEGO FRANK MARQUES CAVALCANTE
Comunicólogo, especialista em neuropsicologia e mestre em sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Professor efetivo na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) onde leciona nos cursos de comunicação e psicologia. É professor no programa de Pós-graduação em Letras (Poslet). É o coordenador do grupo de pesquisa em semiótica e esquizoanálise (CNPq).